29 de outubro de 2009

Dia de São Receber!

Ora bem...

Estamos numa altura em que o fim do mundo já não assusta tanto como o fim do mês...

O melhor é poupar.

26 de outubro de 2009

Subir escadas...

Fazer exercício físico pode ser bem mais simples do que parece!
Para quase todos nós, especialmente nós, mulheres (!!!) parece particularmente difícil valorizar o dinheirinho que todos os meses pagamos ao ginásio.
As desculpas são as mais variadas, tipo, "estou tão cansada", "trabalhei tanto hoje que não aguento", "amanhã vou de certeza e faço logo duas aulas seguidas"... enfim.
No nosso dia-a-dia é tão fácil perdermos o hábito do sedentarismo e, mesmo assim, fazemos de tudo para não mexer um músculo. Estacionamos sempre o mais perto possível da entrada, usamos o elevador nem que seja para subir um único piso, as escadas rolantes são sempre a opção, usamos autocarro, carro, metro ou o que for (menos bicicleta!) nem que seja só um quarteirão... Tudo o que nos possa facilitar a vida, e a gordurinha, lá vamos nós sempre todas felizes e contentes e...
Ginásio? correr um bocadinho? vá, pelo menos andar uns quilómetros? andar de bicicleta? patins? pronto... Nadar? Hidroginástica? Não, nada é suficientemente bom ou nunca é tão bom como o sofá lá de casa...

Muito bem, parece que esta ideia não se aplica só ao nosso país e ainda bem, porque eis que uns senhores muito inteligentes e criativos, suecos, surgiram com esta inovação que eu acho fantástica e só tenho pena que não pensem seguir o exemplo aqui no nosso país... Lá se ia a massada do ginásio (e o dinheiro mal gasto porque nunca lá pomos os pés), o corpinho e a saúde agradeciam e, voilá, éramos todos (e todas!) muito mais felizes e muito mais musicais... :D

Sim, porque esta "simples" ideia conseguiu aumentar em 66% (incrível!) o número de pessoas que usam as escadas convencionais, fazendo-as exercitar aquelas barriguinhas de cerveja, o pneuzinho do pastel de nata que comeram ao pequeno almoço, a gordura extra daquelas batatas fritas estaladiças com ketchup do almoço, a mousse de chocolate que caiu que nem ginjas depois do jantar de ontem ou aquele gelado de leite creme com pepitas de chocolate crocante do lanche...

15 de outubro de 2009

Acupunctura...

Há cerca de um ano tive o prazer de experimentar acupunctura. A medicina ocidental não me dava respostas e procurei ajuda junto desta terapia. Para além de se ter revelado numa óptima experiência, a razão que me levou a procurá-la também ficou atenuada. Assim, de vez em quando, faço uma sessão apenas para repor energias ou reequilibrar o organismo.

Antes da primeira sessão confesso que senti algum receio devido às ideias pré-concebidas à volta deste tema, mas rapidamente percebi que não passavam de mitos. A acupunctura não dói, não provoca sangramento e não deixa marcas no corpo!

Comecemos pelo simples facto de que a acupunctura já foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como uma das mais importantes terapias da Medicina Tradicional Chinesa. Nas últimas décadas estendeu-se a todo o mundo, o que encorajou o seu desenvolvimento, particularmente através de estudos relacionados com a sua aplicação na medicina moderna, levando a OMS a desenvolver uma série de princípios e directrizes relacionados com o treino básico, segurança na prática clínica, indicações, contra-indicações e investigação clínica.

O que é?
- Prática chinesa com mais de 3000 anos, vastamente utilizada no mundo oriental; considera que o nosso corpo possui canais específicos por onde circula energia – chamados meridianos. Ao longo destes meridianos existem vários pontos que correspondem aos diferentes órgãos internos e, por isso, as doenças não passam de distúrbios energéticos.
Técnica
- Consiste na introdução de agulhas muito finas, de aço inoxidável, uns milímetros no interior da pele, de forma a exercerem pressão e/ou dar pequenos estímulos eléctricos em determinados pontos do corpo, tonificando ou desbloqueando a energia. Tanto na introdução como na extracção das agulhas raramente se sente mais que uma ligeira picada. O tempo que as agulhas permanecem inseridas depende da natureza da dor ou do efeito desejado e durante esse tempo não se deve sentir nada. O efeito da acupunctura é cumulativo.

Como actua?
- Na acupunctura considera-se que a doença é, primeiramente, uma perturbação funcional e só depois estrutural. Assim, funciona através da estimulação de pontos cutâneos por agulhas especiais. Tal como na medicina ocidental, também um electromiograma, um electroencefalograma ou um electrocardiograma são exames que medem e registam, através da superfície da pele, o comportamento eléctrico de órgãos ou funções internas. A ideia base da acupunctura consiste precisamente em estabelecer uma relação entre os órgãos internos e os fenómenos que se apresentam à superfície da pele. O objectivo é alcançar o equilíbrio, obtendo-se novamente a circulação energética nos meridianos e nas respectivas funções orgânicas.

Medicina clássica vs. natural
- Enquanto a medicina clássica se especializa numa área do organismo, a medicina natural considera o homem na sua totalidade e relacionado com o mundo que o rodeia. A acupunctura não nega a eficácia das técnicas e terapeutica da medicina clássica, pois isso equivaleria a ignorar o progresso. No entanto, é importante que esta evolução científica possa ser complementada com o saber milenar de outras técnicas terapêuticas, com vista a trazer mais benefícios para os doentes.

Espero ter ajudado a esclarecer algumas dúvidas. Comigo resultou e confesso que, mais que uma terapia, é um momento zen, de relaxamento, introspecção, libertação da mente, do corpo e da alma.

Aconselho a todos... :D

13 de outubro de 2009

A vida resumida em 4 garrafas...


* Infância - Leite
* Adolescência - Coca-Cola
* Adulto - Cerveja
* Velhice - Soro

11 de outubro de 2009

Dia de eleições

Já votei!

Como boa cidadã que sou, fui cumprir o meu dever num exercício de liberdade, cidadania e poder... Ou seja, assumir responsabilidade de decisão, fazer parte da resolução não do problema :D

Gosto de ter razão, de fazer o que quero e odeio que decidam por mim. E, se tenho oportunidade, aproveito a ocasião para dizer a minha justiça.

E não gosto de política, mas interesso-me minimamente, quanto mais não seja para justificar a luta pelo sufrágio feminino.

Vá pessoal, vamos votar [com sol ou com chuva, de fato de gala ou de fato de banho]

9 de outubro de 2009

Enfermeiros vs morte [mais que amor]


Numa altura em que a nossa profissão tem sido esquecida e deixada para trás, como que a relembrar o estado em que está a "saúde" do nosso sistema de saúde e a nossa própria saúde, li um artigo que, curiosamente, foi escrito por um amigo e ex-colega meu que, aborda uma questão tão controversa como a nossa relação, enquanto profissionais de saúde, com a morte. Espero que gostem... (Fiz uma selecção do texto porque era muito grande para publicar no blog)


"A crescente valorização da vida a que actualmente se assiste dota os cuidados paliativos de uma debilidade e fraqueza preocupante e assustadora. Seja nos lares, instituições de apoio ou hospitais, a atenção ao doente terminal tende a ser descurada, sendo ultrapassada por toda uma panóplia de técnicas que hoje se acredita prolongarem a vida.
E estaremos nós a ser coagidos por uma sociedade que apenas aposta na quantidade ao invés da qualidade? E essa qualidade não estará a ser dirigida apenas para aqueles que tem a possibilidade de cura?O cuidar para a morte assusta e constrange o mundo mas também a nós, profissionais de saúde, porque também fazemos parte desse mundo.
Feliz ou infelizmente, o homem tem essa capacidade de pensar para viver de forma mais confortável ou talvez mais segura. E se à felicidade foi atribuído um valor ou conotação positiva, a morte não teve a mesma sorte. E o que é lamentável é que essa falta de sorte que recaiu sobre o termo arrastou dificuldades em lidar com ela e com a sua representação.
A certeza de que as pessoas em fase terminal necessitam de apoio existe. No entanto, essa certeza é ofuscada pelo medo de não ser capaz de lidar com a morte. Tememos ser incapazes de ver a degradação física e mental do doente, de presenciar as dificuldades que progressivamente se espelham aos olhos de cada um, de ter de lidar com a dor e com a sensação de inutilidade daquilo que é feito, pois o fim existirá a curto ou médio prazo.
Todas estas são questões que afastam muitos profissionais. Que afastam não, talvez que apenas seleccionam os que foram capazes de derrotar os estigmas e preconceitos que a sociedade lhes procurou impelir, daqueles que foram incapazes de fazê-lo e que hoje vêem a morte como os comuns.
Essa selecção, que Darwin expressaria como natural, ainda que noutro contexto, aplica-se na perfeição e une-nos a uma série de profissionais que acredita que vale a pena cuidar (...) E vale a pena porque é minimizador da dor física, mas também da maior dor, a da alma. Vale porque somos capazes de dar a mão e receber um pequeno aperto.
E é de facto o amor que rima com os cuidados paliativos e que os move. Sem ele não existiriam profissionais a lutar para proporcionar só mais um sorriso, não existiriam doentes a agradecer pela oportunidade de viver só mais um dia (...)
Sem o amor não faria sentido falar sequer em cuidados, nem em cuidar, nem em curar, nem em profissionais de saúde, nem em conduta, nem em vida, nem em morte... (...)"

[Obrigado Ângelo e Alexandra pelas vossas tão sábias palavras, que faço delas minhas...]

Então, por favor, não me venham (as pessoas, a sociedade) dizer que tenho que me distanciar dos meus doentes... Que estranha forma de amor e de amar seria essa, longe (ainda que "apenas" psicologicamente)?
Para evitar que eu sofra?
Que enfermeiro é esse que não sofre? Não é enfermeiro...

A todos os meus colegas que partilham da minha opinião, a todos aqueles que são verdadeiros enfermeiros...

8 de outubro de 2009

Personal Jesus, personal God

Quem não conhece os Depeche Mode, uma das maiores e mais importantes bandas representantes da música electrónica, que emergui na era do New Romantic? O maior destaque musical da banda é um forte clime depressivo, romântico e épico que resultam numa sonoridade única :)

Mas não estou aqui para falar da banda e sim de uma das suas músicas que é fascinante: "Personal Jesus"... A música foi inspirada no livro Elvis and Me, escrito por Priscilla Presley, a esposa de Elvis Presley, sobre a sua relação com o cantor em que ela afirma que ele era o seu "personal Jesus".

Esta expressão inspirou o autor da canção (Martin Gore): "é uma canção que fala sobre o que é ser um Jesus para alguém, alguém que te dá esperança e te cuida. É sobre como o Elvis foi o seu homem e o seu mentor e como isso tantas vezes se passa nas relações amorosas; como o coração de qualquer um é de certa maneira como um deus..."

Para além desta história interessante que está por trás da música, no fundo, e é por isso que gosto tanto dela, faz-nos pensar nas pessoas que são importantes na nossa vida.

Todos procuramos um Jesus, um Deus... Algo a que nos queremos agarrar porque assim nos sentimos melhor, nos sentimos acompanhados, observados, recompensados, encaramos melhor a morte e as encruzilhadas da vida, porque temos uma explicação para muitas coisas inexplicáveis, porque acreditamos, ou queremos acreditar! Porque nascemos no seio de uma familia que acredita, que nos educou assim, que nos mostrou que deve ser assim, porque nunca tentámos procurar outra verdade (se é que ela existe!), porque estamos bem com a nossa realidade, porque nunca nos desiludimos ou iludimos, porque "a vida é assim!", porque "vamos andando", porque sim!

A maioria de nós procura um Deus distante, eu também... e, na realidade, o que mais procuramos e queremos pode estar à nossa volta...

Esta música fantástica lembra-nos que o Deus que podemos alcançar, aquele que nos pode fazer imediatemente feliz, apoiar-nos, ouvir-nos, fazer-nos companhia, tão pura e simplesmente como dar-nos a mão, pode ser alguém que está ao nosso lado, logo ali... Aquelas pessoas que nos inspiram, que são reais, que nos fazem continuar, seguir em frente...

Isto leva-me á conclusão que todo o ser humano tem o poder de um Deus dentro de si. O poder fazer o outro feliz, de trocar uma palavra por um sorriso, um gesto por um olhar, ter o poder de incentivar, amar, tocar, escutar, perdoar, inspirar...

Penso que todos nós, humanidade, estaríamos bem melhor se ao invés de procurarmos Deus no céu, encontrássemos o nosso Deus no outro e ser o Deus de alguém, dar e receber, ou seja, é uma questão de tentarmos ser o Deus de alguém, para alguém. Ser o melhor é só dar o melhor... Mesmo quando se tem pouco para dar, quem dá tudo o que tem, não precisa de mais...

Então, já pensaste ser um personal jesus hoje? ;)

Um abraço apertado e, para reflectir ao som da música, aqui fica o vídeo:

5 de outubro de 2009

A hora é esta! (será?)

Ora, digam lá que isto não é lindo!

"Coisas pequenas são
coisas pequenas...
são tudo o que eu te quero dar
e estas palavras são coisas pequenas
que dizem que eu te quero amar.

Amar, amar, amar
só vale a pena se tu quiseres confirmar
que um grande amor
não é coisa pequena
que nada é maior que amar.

E a hora que te espreita
é só tua.
Decerto, nao será só a que resta;
a hora que esperei a vida toda,
é esta.

E a hora que te espreita
é derradeira.
Decerto já bateu à tua porta.
A hora que esperaste a vida inteira,
é agora."

I love Madredeus... Now and 4ever...