25 de novembro de 2009

Pau para toda a obra.

É assim que não me quero sentir, mas sinto, como enfermeira neste mundo, neste país, nesta realidade!
Ás vezes apetece-me gritar, cruzar os braços e dizer "NÃO!", tratar os outros (superiores hierárquicos) como me tratam a mim... Ai, se eu podesse...
Mas não posso...
* Não tenho escolhas, nem opções
* Não tenho horário de saída, mas tenho de entrada
* Não tenho tempo para ouvir os doentes, mas tenho que ter para ouvir os médicos
* Não tenho respostas para as famílias, mas tenho que as encontrar para mim mesma
* Não mando nada, mas todos "mandam" em mim
* Não posso ter sentimentos, mas sou humana
* Tenho que saber lidar com a morte e ninguém me ensinou
* Não posso falar muito, senão calam-me
* Não posso chorar, mas choro
* Não posso sofrer, mas sofro
* Não posso ser eu, mas sou...

Ainda vivo na esperança de que as coisas mudem, para bem dos profissionais de saúde e sobretudo, dos doentes!
Era muito melhor se todos fizessemos aquilo que realmente gostamos e sentimos que temos vocação. Daríamos o nosso melhor, daríamos mais ainda. Não quer dizer que não damos já o nosso melhor, mas a motivação é outra...

24 de novembro de 2009

O meninO dança?

Americas Best Dance Crew - Quest Crew
Estas duas "performances" chamam-se Decathlon e Orquestra... Foi a primeira e a última actuação, olhem só a diferença!
Não vão conseguir acreditar, vejam até ao fim :D


no way....

23 de novembro de 2009

Apetecia-me algo...

... mas não era um ferrero rocher e muito menos o Ambrósio...

22 de novembro de 2009

Tão lindos...

Há coisas que nos fazem ficar realmente bem dispostos :D



19 de novembro de 2009

Perguntas parvas!

Todos nós já passamos por isto:
1) Ou já nos fizeram estas perguntas... (e o mais cómico é que respondemos sempre sem acharmos que são descabidas...)

2) Ou já as fizemos, o que é um bocadinho pior!

Segundo o PDLblog (puta da loucura) aqui ficam as melhores respostas... porque hoje me apetece rir e quero que vos apeteça também :D

* Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na tua cama, com a luz apagada e te perguntam:
-Estás a dormir?
-Não! Estou a treinar para morrer!

*Quando levas um electrodoméstico para reparação e o técnico pergunta:
-Está avariado?
-Não!… É que ele estava cansado de estar lá em casa e eu trouxe-o a passear.

*Quando está a chover e percebem que vais sair, perguntam:
-Vais sair com esta chuva???
-Não, vou sair com a próxima…

*Quando acabaste de te levantar e vem um idiota (sempre) e pergunta:
-Já acordaste?
-Não. Sou sonâmbulo!

*O teu amigo liga para tua casa e pergunta:
-Onde estás?
-No Pólo Norte! Um furacão trouxe a minha casa para cá!

*Acabas de tomar banho e alguém pergunta:
-Tomaste banho?
-Não!… Está a chover no WC!!!!!

(Boas respostas não são? vá, agora não se esqueçam do ridículo que é fazerem estas perguntas por isso, por favor, não as façam!)

18 de novembro de 2009

Paradoxos dos nossos dias...

Hoje...

*Temos casas maiores, mas famílias mais pequenas
*Mais comodidades, mas menos tempo
*Casas mais luxuosas, mas passamos mais tempo a trabalhar
*Temos mais diplomas, mas menos senso comum
*Mais conhecimento, mas menos discernimento
*Mais especialistas, mas mais problemas de saúde
*Mais medicina, mas menos cura
*Menos dinheiro, e mais despesas
*Mais lágrimas, menos sorrisos
*Melhores carros, mais acidentes
*Zangamo-nos facilmente, fazemos as pazes menos vezes
*Menos tempo para descansar e ficamos acordados até tarde
*Lemos pouco, vemos demasiada televisão
*Multiplicamos as nossas amizades, mas dividimos a atenção
*Poucos valores, ainda menos princípios
*Falamos demais, e mentimos muitas vezes
*Aprendemos a ganhar dinheiro, mas não a vida
*Não temos um emprego, mas também não queremos um “trabalho”
*Acrescentámos anos à vida, mas não vida aos anos
*Temos menos paciência e mais discussões
*Estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos
*Mais relações, menos filhos
*Mais reformados, menos reformas
*Gastamos mais, mas temos menos
*Compramos mais roupa, e andamos mais despidos
*Falamos com desconhecidos e nem cumprimentamos os vizinhos
*Reciclamos mais, mas fazemos mais lixo
*Damos as mãos, mas nunca damos o coração
*Tocamos, mas não sentimos
*Olhamos, mas não vemos
*Criamos, mas não educamos
*Escrevemos mais, mas não sabemos o que dizemos
*Planeamos mais, mas realizamos menos
*Aprendemos a ter pressa, mas não a esperar
*Casamos menos, divorciamos mais
*Mais computadores, menos convívio
*Demasiada quantidade, mas qualidade a menos
*Comida rápida, e digestão lenta
*Mais lazer, menos divertimento
*Mais alimentos, pior nutrição
*Mais pensamentos, menos acções

Por tudo isso eu proponho que, a partir de hoje, não se guarde nada para uma ocasião especial, porque cada dia que vivemos é uma ocasião especial :D

Vamos viver em vez de sobreviver...

Carpe Diem *

15 de novembro de 2009

Happy Pills!

Todos temos consciência que a vida ás vezes é díficil... mas...
Há que ser positivo porque a felicidade é um estado de espírito e depende muito, senão totalmente, da nossa visão do mundo e das coisas que vivemos!

No entanto, no sentido de "metaformizar" o conceito de pílula da felicidade e até de desvalorizar a depressão que se vive nos dias de hoje esta loja de doces, em Barcelona, tem sido um autêntico sucesso devido ao conceito original que adoptou. A loja funciona como uma farmácia, e o consumidor vê-se envolvido numa experiência totalmente diferente, pois ao comprar as guloseimas, em vez de levá-las em sacos, acaba por levar potes de pílulas, da happy pills, como se fossem medicamentos. Tudo foi recriado, desde a entrada da loja até á sua fachada, todas as embalagens foram criadas à semelhança de embalagens de medicamentos e até foram dados nomes aos doces como p.e. “Contra as segundas-feiras”.

No fundo, o consumidor sente-se numa farmácia e em vez de remédios tenta curar todos os seus males com a alegria dos doces.

Agora vamos lá ver é se os frequentadores assíduos da loja não se metem em apertos com uns quilinhos a mais... Não morrem da doença, morrem da cura!!!

Vai um docinho?

4 de novembro de 2009

Que especialidades...?! [enfermeira revoltada]

Quando falamos em enfermagem, enfermeiros, progressão na carreira... vem sempre à baila a especialidade...

- Valerá a pena a especialidade?
- E depois? Vou ganhar como enfermeiro especialista?
- Vou trabalhar como enfermeiro especialista?

Mas não é só isso... Há muito que penso neste assunto e acho que é iminente uma discussão séria e fundamentada sobre isto...
A verdade é que gostava de ser especialista... mas em quê?

Estas são as especialidades no nosso país, segundo a OE:
1. Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica
2. Saúde da Criança e do Jovem
3. Saúde do Adulto
4. Saúde do Idoso
5. Saúde Mental
6. Pessoa em Situação Crítica
7. Reabilitação
8. Saúde Familiar
9. Saúde Pública

Só para vos chatear ou mostrar como somos "pequeninos", nos Estados Unidos existem 71 especialidades e na Inglaterra 41!!! Tais como: Diabetes, Forense, Ortopedia, Oncologia, Transplante ou Feridas.

Gostava que reflectissem comigo acerca disto. Porque, na minha opinião, as nossas supostas especialidades tornam-se tão generalistas... Saúde no Adulto? Alguém pode dizer-me que especialidade é esta? A saúde no adulto engloba tudo, no fundo, engloba as verdadeiras especialidades! Uma especialidade deve ser orientada para a prática/especificidade dos serviços e não para a teoria.

Exemplificando, se trabalho no serviço de medicina, os meus conhecimentos são totalmente diferentes de alguém que trabalha nos Cuidados de Saúde Primários. Mas em termos de especialidade seria a mesma. Então o que define esses dois enfermeiros? em que diferem se têm a mesma especialidade, mas cuidam de doentes em situações completamente diferentes? Mas afinal esses profissionais são especialistas em quê? Não há nada que os define, que os destingue!

Talvez esta visão generalista das especialidades tenha surgido de pessoas que acham que a enfermagem vive de conhecimentos básicos que se podem transpor nas várias áreas de intervenção. E existem realmente aspectos que se transpõem. Mal de nós e de qualquer outra profissão que fosse de tal forma específica que não conseguisse nunca entrar no campo geral. No entanto, a técnica exige competências e conhecimentos e essa sim, varia entre especialidades.

Então, nesta perspectiva, porque não dividimos os médicos desta forma? Se a nossa profissão é mais técnica a necessidade de a dividir deveria ser ainda maior! O que distingue um pneumologista de um ortopedista? porque é que nós, enfermeiros, não podemos ser especialistas nessas áreas também... Aliás, só traria vantagens para os profissionais de saúde, instituições de ensino, relação médico/enfermeiro e, sobretudo, doente!

No entanto, a posse da especialidade deve assegurar mais e melhores cuidados e nunca funcionar como uma perda de competências noutras áreas. Isso vai na atitude de cada um, na ideia que devemos ter que a especialidade deve apenas alargar e não restringir a nossa área de intervenção.

Generalizando as especialidades, colocando os enfermeiros portugueses em menos de 10 especialidades quando nos outros países são mais de 30, estamos a permitir e perpetuar a mediocridade científica de uma classe... É isso que queremos?

Senão, não tarda, começamos a perder terreno para as outras profissões e até mesmo para profissões novas que vão surgindo na tentativa de dar resposta a lacunas que os enfermeiros, delegados para as funções "gerais", deixam abrir... Surgem profissões que ninguém sabe de onde a exercer as nossas funções, funções essas pelas quais lutámos tanto e hoje parece que deixamos lentamente de lutar!

É bom que se reflicta sobre isto... que se fale sobre isto com colegas, porque só a união faz a força e juntos podemos conseguir algo...

No fundo, a nossa profissão debate-se com uma realidade a que não podemos fugir, que é esta perda de competências para outras profissões. Só nos últimos 15 anos surgiram uma série de profissões que adoptaram competências de enfermagem. E, na minha opinião, só a criação de mais especialidades de enfermagem pode combater este flagelo!

Estou completamente de acordo com o Davide Carvalho (oncare.blogspot.com) quando diz que a nossa profissão é extraordinária porque engloba a saúde na sua totalidade, e isso nos deixa "vulneráveis" ás outras profissões... e porquê? Porque as outras profissões se especializam numa determinada área. A título de exemplo, a criação de uma especialidade de Gerontologia reconhecida pela O.E e Ministério da Saúde, iria minimizar e impedir que as nossas competências se percam...

Vamos pensar nisto? e lutar pela nossa carreira...

2 de novembro de 2009

A história do vibrador... Só para meninas ;)

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a mensagem.